22.6.12

A cabeça sobre o travesseiro




Sim, percebo o quanto o tempo passa depressa,
que tudo nesta vida é passageiro,
que de nada adianta fazer juras ou promessas,
ou acumular riquezas, apegar-se ao dinheiro.


Nada conhecemos sobre o que julgamos ser,
nem tampouco sabemos ao certo o que é a verdade;
a única certeza é a de que um dia todos vamos morrer
e de que não é eterna a tal da felicidade.


Sim, percebo o quanto o tempo passa depressa;
saímos um dia à procura de aventuras, de alegria,
você nota que tudo estava bem ali, quando regressa,
mas você não é o mesmo, nem tampouco tem a mesma energia.


Nada conhecemos sobre o que julgamos ser,
vamos aprendendo, pouco a pouco, com o passar dos dias
e talvez tudo o que hoje você conseguiu ter,
não é bem aquilo que até ontem você queria.


Sim, percebo o quanto o tempo passa depressa
e que tudo nesta vida é passageiro.
A vida começa, flui, termina e recomeça
quando, à noite, enfim, coloco 
a cabeça sobre o travesseiro.



Renato J. Oliveira            20 de junho de 2.012


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