25.1.12

Parado na Esquina

      Tem alguém ali parado na esquina
      olhando triste para a multidão;
      trazendo no rosto o cansaço do tempo,
      desamparado, de muleta na mão.
      Ninguém imagina o que ele quer,
      E quem conheceria suas intenções?
      Mas esteja ele onde estiver,
      sempre despertará tais indagações.


Tem alguém ali parado na esquina,
um ébrio mendigo seguindo a sua sina.
Tem alguém ali parado na esquina;
E quem ele foi?  Ninguém imagina!




 Hoje mendigo, indigente, andarilho,
sem perspectivas e sem direção.
Os olhos condenam e o mundo o castiga,
lembranças torturam sem compaixão.
Ninguém acredita na sua história:
esposa e filhos, casa e caminhão;
Um homem que teve uma vida de glórias
agora na esquina pega restos no chão.


Tem alguém ali parado na esquina,
um ébrio mendigo seguindo a sua sina.
Tem alguém ali parado na esquina;
E o que será dele?  Ninguém imagina!


Renato J. Oliveira            25 de janeiro de 1.999






Um comentário:

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